Logo
Agenda < >

Performances no contemporâneo

5ª EDIÇÃO - PROJETO DE INVESTIGAÇÃO/CICLO DE SEMINÁRIOS

28 Abr / 14h30
Anfiteatro Nobre - FLUP

Performances no Contemporâneo
Filosofia e Artes

Performances no contemporâneo é um projeto de investigação – realizado em regime de laboratório e de encontros de pensamento – cujo objetivo é reunir um conjunto de vozes e abordagens na performance e nas artes performativas enquanto cúmplices e portadoras de uma política do contemporâneo. No território expandido da performance e da performatividade, as margens, o movimento, a mobilização, a paisagem, o arquivo, o discurso e diversas estratégias de comando e de destruição, são matérias emergentes a um debate sobre um corpo potencial e um corpo político.
Na interceção entre prática e teoria, este projeto, criado em 2015, tem como finalidade o questionamento da condição do contemporâneo e a criação de um corpus de eventos que documentem o trabalho desenvolvido num espaço de pensamento tensional entre a filosofia e as artes. Na relação paradoxal de adesão e distanciação ao real, na visibilidade e na invisibilidade, na luz e na escuridão – como refere Giorgio Agamben a propósito da contemporaneidade enquanto relação singular com o tempo – as performances surgem, também elas, como projetos singulares de mundos marginais e formas de resistência.
Interessa-nos um modo de pensamento contemporâneo à voz da primeira pessoa, ao corpo falante da arte, para usar uma expressão de Mário Perniola. Interessam-nos os discursos diretos dos que produzem as obras, assim como os discursos dos que pensam e interferem com a arte.

28 de Abril | 14h30 | Anfiteatro Nobre 
António Olaio
Emídio Agra
Simão do Vale Africano

-----


28 de abril 2025 | 14h30 | Anfiteatro Nobre
Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Convidados: António Olaio, Emídio Agra e Simão do Vale Africano 

A performance enquanto imagem e a imagem enquanto performance

António Olaio

António Olaio, Lubango, Angola, 1963. Vive em Coimbra.

Expõe desde 1980. Terminou o curso de Artes Plásticas/Pintura na Escola de Belas Artes do Porto (atual FBAUP) em 1987. As suas performances no início dos anos 80 levaram-no à música. Foi um dos fundadores do grupo “Reporter Estrábico” em 1986 e, desde 1995, as canções que faz com João Taborda e muitos outros músicos são frequentemente apresentadas nos seus vídeos e exposições. “Anywhere Else” (o seu último álbum) contou com as colaborações de Richard Strange, Victor Torpedo, Vítor Rua, Frederico Nunes, Anselmo Canha, Paulo Furtado, José Valente, Érika Machado, Silvestre Correia, Susana Chiocca, Luís Figueiredo, Ana Deus, Haarvöl, PedroTudela e Miguel Carvalhais.

Exposições individuais e performances em Portugal, Espanha, Alemanha, EUA, França, Holanda, Reino Unido.

Professor no curso de Arquitetura da Universidade de Coimbra. Concluiu o seu doutoramento em 2000, publicado no seu livro “Ser um indivíduo chez Marcel Duchamp”. Diretor do Colégio das Artes de 2013 a 2023 e investigador Centro de Estudos Interdisciplinares CEIS20. Responsável geral pela curadoria dos espaços expositivos do Colégio das Artes.

Coleções públicas em que está representado: Ministério da Cultura, Museu de Serralves, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Museu Extremeño Ibero-Americano de Arte Contemporânea, Badajoz, Espanha, Fundação EDP / MAAT, Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Nacional de Arte Contemporânea / Museu do Chiado, Coleção PMLJ, entre outras.

http://antonioolaio.com

 

 

Jardin des Oiseaux

Emídio Agra

Emídio Agra é artista plástico, doutorado em Filosofia (Estética) pela Faculdade de Filosofia da Universidade de Barcelona e licenciado em Artes Plásticas-Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Entre as exposições, destacam-se as individuais “Jardin des Oiseaux” (CAAA, Guimarães, 2025), “Jardin des Oiseaux” uma primeira constelação deste jardim de pássaros (DuplaCena77, Lisboa, 2024) e “L’éternité par les astres” (Sismógrafo, Porto, 2019). Participou nas coletivas “Anuário 19” (Galeria Municipal do Porto, 2020) e “Não é ainda o mar” (Sismógrafo, 2018). Faz parte da equipa do Sismógrafo desde 2020, sendo o curador do ciclo de conferências “Imagens de Pensamento”, editor e tradutor dos cadernos com o mesmo nome.

 

 

“espaço para a acção” - olhar a narrativa em função de: uma composição do espaço de palco; uma composição fotográfica. Plano, perspectivas e (tri-bi)dimensionalidade.

Simão do Vale Africano

Nasceu em Viseu, em 1984; licenciou-se em Psicologia Clínica e da Saúde pela Universidade do Porto. Viveu em Génova, onde estudou representação na Scuola di Recitazione del Teatro Stabile di Genova. Mais tarde, em Turim, trabalhou com encenadores como Pierpaolo Congiu e Antonio Villella, tendo também desenvolvido projectos independentes nos quais encenava e representava.

Como actor interpretou textos de autores como W. Shakespeare (“Hamlet”, “A Fera Amansada”, “Muito Barulho Por Nada”, “O Rei Lear”), C. Goldoni (“A Estalajadeira”, “O Teatro Cómico”), L. Pirandello (“O Homem da Flor na Boca” e “Cecé”), Molière (“Tartufo”), W. Allen (“Riverside Drive”) ou E. O’Neill (“Longa Jornada para a Noite”). Dos encenadores com quem trabalhou devem sublinhar-se os nomes de Joana Africano, Sara Carinhas, Rogério de Carvalho, Nuno Carinhas e Ricardo Pais.

É fundador da Subcutâneo - Teatro Hialurónico, da qual foi um dos directores artísticos durante 10 anos. Foi assistente de encenação e actor no espectáculo “talvez… Monsanto”, uma criação de Ricardo Pais com direcção musical de Miguel Amaral, uma coprodução Subcutâneo/TNSJ/CCB. Foi assistente de encenação de espectáculos dos seus colegas de companhia Joana Africano (“NÉMESIS”) e Daniel Silva (“Má Fé”).

Trabalhou como encenador, tradutor e dramaturgo:

Em Abril de 2013, regressou de Itália para encenar “Gertrude”, uma sua criação a partir de “Hamlet” de W. Shakespeare. A 13 de Maio de 2016 estreou (numa coprodução Subcutâneo/TNSJ) a sua encenação de “As Criadas”, de Jean Genet, trabalho que recebeu a “Menção Especial da Crítica, 2016” pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. Traduziu quatro peças de L. Pirandello (publicadas numa edição do TNSJ), duas das quais nunca antes editadas em Português. Destas, três foram encenadas pelo próprio num espectáculo intitulado “Trattoria Pirandello” (coprodução Subcutâneo/TNSJ), que estreou a 15 de Novembro, 2018, no Teatro Carlos Alberto, Porto. Nos primeiros meses de 2019, encenou “Escrever, Falar”, de Jacinto Lucas Pires, numa coprodução Momento/Casa das Artes de Famalicão. Em 2022 encenou a primeira dramaturgia de sua autoria, “O Cadáver Esquisito”, produção Subcutâneo - Teatro Hialurónico. Recentemente traduziu e encenou “Quem tem Medo de Virginia Woolf?” (de E. Albee) no TNSJ, com enorme sucesso de bilheteira, numa coprodução Subcutâneo/TNSJ/CAVNF/ CCB.

É docente regular de interpretação no balleteatro escola profissional.

É também fotógrafo, tendo dedicado grande parte do seu trabalho à fotografia de cena e à criação de conteúdos promocionais para espectáculos, incluindo os seus.

Foi colaborador da Voyeur Lab. Apresentou a sua primeira exposição com a série “self-less self-portraits” (com curadoria de Rossana Mendes Fonseca, na CRU - Creative Hub, Porto).

 

https://ifilosofia.up.pt/activities/performances-contemporaneo-5-2025-1



-----

22 de Maio | 14h30
Deeogo Oliveira
Hugo Reis
Susana Manso

25 Setembro | 14h30
Graça Corrêa
Rina Badash

3 de Novembro | 14h30
Jorge Palinhos
Gabriela Vaz-Pinheiro
Rossana Fonseca

FLUP - Sala de Reuniões (2º Piso) / Anfiteatro Nobre 
Instituto de Filosofia | Universidade do Porto

 

Abril 2025
Maio 2025
Junho 2025