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IO – Paisagens, Máquinas, Animais

Esta é a primeira peça de uma série de trabalhos de Né Barros que se movem entre Paisagens, Máquinas, Animais. Em IO existem várias camadas a partir das quais se desenvolve o espetáculo: IO é o título do disco de José Alberto Gomes que parte da manipulação e desconstrução do timbre rico e hipnótico do saxofone barítono e que se estrutura numa obra de um só fôlego, paciente, de inúmeras camadas, assumidamente influenciado pelo universo da ficção científica e fortemente marcado pelos tons introspetivos sempre presentes no percurso de BlacKoyote (editora do disco). IO é também o nome de uma das quatro grandes luas de Júpiter que, apesar de estar localizada numa região gélida, caracteriza-se por ser o local com maior atividade vulcânica do Sistema Solar. Esta lua vai, por sua vez, buscar o nome à mitologia greco-romana onde Zeus transformara IO numa novilha para esconder da sua mulher a paixão que teria pela princesa.

Após uma residência artística no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas onde se realizou uma apresentação do projeto em progresso, o espetáculo assume agora a sua forma final entre concerto e performance povoada de contrastes e extremos, com interpretação de Bruno Senune e Beatriz Valentim e Henrique Portovedo no Saxofone.