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IN LIMINE


A partir da obra Messe de Liverpool, de Pierre Henry, o trabalho foi sendo construído colhendo alguns elementos estruturais e apropriando-se de um "sentido vocal" que a própria obra oferece. O trabalho apresenta-se como um continuum coreográfico sem uma morfologia demarcada ao contrário da obra musical que subscreve as cinco partes características da liturgia tradicional. A última parte a que Pierre Henry chamou Communion, apresenta-se na coreografia como uma representação de sentido: as faces e as faces dos corpos; o tempo simbólico e o tempo do "corpo humorado". Subjacente à composição - as frases, os módulos, os segmentos, quase todos consequentes ao nível diacrónico-, está a ideia de um organon que se funcionaliza e se disfuncionaliza. Talvez por aqui paire o humor (no sentido lato) e a forma dos corpos numa individualidade descompensada. (Né Barros)